Àyízàn
cujo nome significa "A esteira da terra" é um vòdún feminino dos mais importantes na cosmologia fòn . Ela é considerada a dona dos mercados e dos espaços públicos, onde as pessoas se encontram e interagem. Para alguns, ela é considerada a primeira divindade cultuada pelo primeiro ancestral. A ela também é atribuído o dom da palavra e da comunicação e desta forma está estritamente ligada à Légbà, a quem muitas vezes é associada como mãe ou esposa. Sua representação é um montículo de terra colocado no meio das praças de mercado coberto de muitas rodilhas de dèzàn (palmas ainda verdes e desfiadas de dendezeiro), onde os comerciantes fazem oferendas. Àyízàn também é cultuada nos Hùnkpàmè, onde é responsável pelos neófitos em processo de educação, sendo seu montículo sagrado colocado no àgbásá (espaço mais externo ou ante-câmara), ou no àgbájí (espaço mais interno) dos conventos. O culto de Àyízàn é de origem hwedá e é forte sobretudo na região de Uidá, no Benin. No Vodoo haitiano o Loa àyízàn (também chamado de Gran Àyízàn) é considerado a senhora da pureza ritual e a Mambo, ou sumo-sacerdotisa iniciadora (como a íyálòrísá no candomblé) arquetípica, sendo homenageada em primeiro lugar nas cerimônias. Nas iniciações do vodou, a presença de Áyízàn é marcada pela rodilha de palma desfiada de dendezeiro(dèzàn), que os neófitos usam ao sobre a cabeça ao ingressarem na reclusão iniciática. No Vodou, e especialmente no Haiti, Àyízàn (também Grande Ai-Zan, Aizan, ou Ayizan Velekete) é a loa do mercado e do comércio. Ela é uma raiz loa, associada com ritos de iniciação Vodoun (chamado kanzo).Ela é sincretizada com a Santa Clara Católica, ela não bebe nenhum álcool, e é a esposa de Lòkò Átísòù.Dentro do húndèymè é representada no período de reclusão do vòdúnsì através do Águídázàn, espécie de assentamento que deve ser alimentado com tudo o que o Vòdúnsì comer. Antes de fazer a refeição, o neófito bate páó e faz a reza do ájèún, logo em seguida bate páó para o águídázàn e põe um pouco de sua comida dentro para depois então poder se alimentar. Segundo os mais velhos, nesse ritual repetido durante todos os dias do período em que o vòdúnsì fica recolhido, eles alimentam seus ancestrais através de Àyízàn, assim como na Àfrica onde, os mais velhos e os ancestrais são os primeiros a comer.
Àyízàn é representada também por um cacto e por um porrão com 4(quatro) alças, onde fica seu assentamento. É cultuada antes de Légbà, sendo para os Fòn a senhora dos oráculos juntamente com o mesmo, assim como Èsú, respondendo por Fá ( vòdún coligado a Òrúnmíllá). Possui grande relações com os ancestrais (ègúngún e íyámí) e com suas sociedades. Em sua homenagem os vòdúnsì's dançam de joelhos na zàn (esteira). Considerada a patrona dos grandes mercados. É costume em todo Benin, quando nasce uma criança, levar a mesma ao mercado e lá fazer os mlenmlen (òríkís) e oferendas à Áyízàn, pois acreditam que esse ritual dará muito boa sorte à vida da criança. Esse procedimento também se dá aos casais de noivos. Os familiares das duas partes ser reúnem e vão juntos com os noivos ao mercado. Nos dois casos, tanto a criança quanto os noivos trazem para casa um pouco de terra e a coloca no solo de suas casas para que a fartura e a prosperidade façam sempre parte de suas vidas.Vòdún Áyízàn tem uma grande família e cada um dos membros reina em uma parte da terra, inclusive o mundo ctônico (subterrâneo) e abissal (subterrâneo aquático).
Sua saudação é Áhò gbò gbòy Àyízàn!
Kolofé Amigo obrigado por estar dividindo seus conhecimentos um grande abraço..
ResponderExcluirEu q agradeço por estar sendo util de alguma forma irmã!!!obrigado pela força e carinho!!!
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