domingo, 11 de setembro de 2011



Averekete

Na síntese, Averekete seria filho de Naete e vodun Hou, e compõe o panteão dos voduns do oceano, tendo a função de preservar a vida marinha. Segundo os ìtàns, Averekete vivia nos céus juntamente com sua irmã Ágbè (Abê), Averekete em forma de pássaro e Ágbè em forma de estrela. Ambos foram morar no mar, Averekete em forma de pássaro marinho e Ágbè em forma de estrela do mar.

Mora na zona de arrebentação das ondas, juntamente com Aziri Togbosy, uma de suas irmãs. Faz parte da família Hevioso e tanto é cultuado na Fogueira dos Caviunos (fogueira de Sogbo) quanto nas festas das águas(gozin) e agrados aos voduns do mar.

É quente e agitado e segundo as lendas sempre rouba as chaves das riquezas do mar de sua mãe Naete para dar os outros aos seres humanos. Representa a prosperidade, a abundância, o sustento. Seria o responsável pela comunicação entre os voduns marinhos com os seres humanos, trazendo recados, levando oferendas, etc.

Tem como símbolos a vara de pescar, o remo e a rede. É um grande pescador, protetor daqueles que dependem do mar para seu sustento, sendo responsável pela fartura e pelo êxito em pescarias. Castiga aqueles que sujam o oceano, junto com Aziri Togbosy, perseguindo também os que fazem uso da pesca predatória.

Vive em eterno atrito com Erzulie, sua irmã mais velha pois, segundo o mesmo, humanos podem viver na terra e fazer uso das riquezas que o mar oferece, indo contra o pensamento de sua irmã, que insiste em levar a humanidade para o oceano, sendo causadora de Tsunamis e Afogamentos.

É confundido com Òlóògúnèdé do culto iorubá, porém nada possui em comum com o mesmo, apenas o fato de ambos terem como cor o azul e o amarelo. Averekete é jovem e arredio, sendo um dos filhos mais queridos de Naete.

Gosta de peixes, doces e frutas. Sua saudação é Aho gbo gboy Averekete!

Um comentário:

  1. Acho extremamente precitado afirmativas demasiadamente conclusivas em relação a evidente sincretização que deu-se no Brasil entre o Vodun Averekete e o Orixá Logun Edê, principalmente na Região Sudeste. Contudo não sabemos se esse processo sincrético é uma exclusividade única desta Região brasileira.

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