sexta-feira, 20 de junho de 2014

Kposu, o vodun pantera

Kposu é com certeza uma divindade que até os dias de hoje possui um culto repleto de mitos e mistérios. Com a fluente mistura de ritos, o vodun Kposu passou a ser cultuado em algumas casas de ketu como uma "qualidade" de Òmóòlú, porém nada tem haver com a divindade em questão.
Sabe-se que Yiegú nasceu da relação da princesa Aligbono com uma pantera chamada Gbekpó, adquirindo um extinto meio humano meio animal. Era guerreiro por natureza, a frente de um exercício poderoso, conquistando várias terras,  dentre elas o território que depois foi chamado de Dahomey. Yiegú então,  foi intitulado de Kposu, onde Kpó significa pantera e sú homem, ou seja o homem pantera. Kposu teve um grande legado, deixando vários descendentes em todo Dahomey, formando um clã chamado os filhos da pantera.
Era temido e respeitado devido seu temperamento imprevisível e explosivo. Agia por extinto,  sorrateiramente,  era incansável e destemido. Tantas foram suas conquistas que Kposu foi divinizado,  passando a ser cultuado como um ancestral.
Alguns historiadores confundem a qual panteão pertence o vodun Kposu, uns afirmando ser do panteão Hevioso e outros Sakpata.
O que acontece é que existiram descendentes de kposu em ambos panteões, logo ele pertence tanto ao panteão do trovão quanto da terra.
É um vodun real, usando uma ráfia de palha da costa cobrindo o rosto. Trás em suas mãos armas de guerra, dentre elas as garras de metal, símbolo de sua descendência animal.
"Dança com garras na mão e em certos momentos se transforma em pantera."
Muito se banalizou de seu culto,  mas na verdade é um vodun repleto de fundamentos e raro, por este motivo seus vodunsis são quase extintos.
Representa a luta,  a força,  o poder. Também é caçador,  tendo a propriedade de trazer fartura e abundância. É arredio, gostando de ser agradado de madrugada,  horário onde a pantera é ativa.
Antigamente pouco se falava de kposu e, quando os mais velhos diziam seu nome, tocavam os dedos no chão,  saudando a poderosa pantera, aquela que não tem medo de nada, sendo perigosa por agir conforme seu extinto.
Suas cores ritualisticas são o preto e o coral e seu dia da semana é a terça-feira.
É saudado por Dangbára kpó! Ahoboboy kposu!

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