Kposu é com certeza uma divindade que até os dias de hoje possui um culto repleto de mitos e mistérios. Com a fluente mistura de ritos, o vodun Kposu passou a ser cultuado em algumas casas de ketu como uma "qualidade" de Òmóòlú, porém nada tem haver com a divindade em questão.
Sabe-se que Yiegú nasceu da relação da princesa Aligbono com uma pantera chamada Gbekpó, adquirindo um extinto meio humano meio animal. Era guerreiro por natureza, a frente de um exercício poderoso, conquistando várias terras, dentre elas o território que depois foi chamado de Dahomey. Yiegú então, foi intitulado de Kposu, onde Kpó significa pantera e sú homem, ou seja o homem pantera. Kposu teve um grande legado, deixando vários descendentes em todo Dahomey, formando um clã chamado os filhos da pantera.
Era temido e respeitado devido seu temperamento imprevisível e explosivo. Agia por extinto, sorrateiramente, era incansável e destemido. Tantas foram suas conquistas que Kposu foi divinizado, passando a ser cultuado como um ancestral.
Alguns historiadores confundem a qual panteão pertence o vodun Kposu, uns afirmando ser do panteão Hevioso e outros Sakpata.
O que acontece é que existiram descendentes de kposu em ambos panteões, logo ele pertence tanto ao panteão do trovão quanto da terra.
É um vodun real, usando uma ráfia de palha da costa cobrindo o rosto. Trás em suas mãos armas de guerra, dentre elas as garras de metal, símbolo de sua descendência animal.
"Dança com garras na mão e em certos momentos se transforma em pantera."
Muito se banalizou de seu culto, mas na verdade é um vodun repleto de fundamentos e raro, por este motivo seus vodunsis são quase extintos.
Representa a luta, a força, o poder. Também é caçador, tendo a propriedade de trazer fartura e abundância. É arredio, gostando de ser agradado de madrugada, horário onde a pantera é ativa.
Antigamente pouco se falava de kposu e, quando os mais velhos diziam seu nome, tocavam os dedos no chão, saudando a poderosa pantera, aquela que não tem medo de nada, sendo perigosa por agir conforme seu extinto.
Suas cores ritualisticas são o preto e o coral e seu dia da semana é a terça-feira.
É saudado por Dangbára kpó! Ahoboboy kposu!
Espaço de estudo sobre as religiões de matriz africana, em especial da nação Djeji Máhí e seus Voduns. EM MANUTENÇÃO! ESTOU ATUALIZANDO ALGUNS TEXTOS QUE NÃO SÃO DE MINHA AUTORIA E OUTROS QUE CERTAS INFORMAÇÕES NÃO CONDIZEM COM O CONHECIMENTO QUE TENHO HOJE (JANEIRO/2023)
- África, o berço do mundo
- Legba, o vodun do destino
- Èsú ou Èlègbárà
- O Segredo do Grá
- Aiyzan, a esteira da terra
- Sohokwè e seus mitos
- Togun, o vòdún dos metais
- Ògún, o senhor da guerra
- Agué, o senhor da caça e das folhas
- Òsàníyn, o deus das ervas
- Òsóòsí, o rei de Álákètú
- Panteão Akosí Sakpatá
- Dan, o Rei de Dahomey
- Kposú, o vodun pantera
- Nànàn, a senhora de Dahomey
- Íyèwá, a deusa da virgindade
- Sogbo, Deus dos trovões
- Sángò, o Rei dos reis
- Áíyrá, senhor de Savé
- Vodun Loko (Ìròkò)
- Averekete, vodun pescador
- Avejidá, deusas dos ventos e dos mortos
- Òíyá, Senhora dos ègúns
- Aziri, Nae das águas doces
- Òsún, deusa do encanto
- Adjahunsi, pescador dos Rios
- Òlóògúnèdé, o Deus da caça e da pesca
- Íyóbà, senhora de Ílèkó
- Aziri Togbosy, senhora do oceano
- Íyèmònjá, deusa dos rios e do oceano
- Lisá, o Deus Sol
- Mawu, a deusa Lua
- Òsáàguíyàn, o jovem guerreiro
- Òsáàlá, o maior Òrísá
- Qualidades dos òrísás: caminhos ou deuses diferentes?
- Voduns, Òrísás e inkisses
- Desabafo
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Kposu, o vodun pantera
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