ÁFRICA, O BERÇO DO MUNDO.
Espaço de estudo sobre as religiões de matriz africana, em especial da nação Djeji Máhí e seus Voduns. EM MANUTENÇÃO! ESTOU ATUALIZANDO ALGUNS TEXTOS QUE NÃO SÃO DE MINHA AUTORIA E OUTROS QUE CERTAS INFORMAÇÕES NÃO CONDIZEM COM O CONHECIMENTO QUE TENHO HOJE (JANEIRO/2023)
- África, o berço do mundo
- Legba, o vodun do destino
- Èsú ou Èlègbárà
- O Segredo do Grá
- Aiyzan, a esteira da terra
- Sohokwè e seus mitos
- Togun, o vòdún dos metais
- Ògún, o senhor da guerra
- Agué, o senhor da caça e das folhas
- Òsàníyn, o deus das ervas
- Òsóòsí, o rei de Álákètú
- Panteão Akosí Sakpatá
- Dan, o Rei de Dahomey
- Kposú, o vodun pantera
- Nànàn, a senhora de Dahomey
- Íyèwá, a deusa da virgindade
- Sogbo, Deus dos trovões
- Sángò, o Rei dos reis
- Áíyrá, senhor de Savé
- Vodun Loko (Ìròkò)
- Averekete, vodun pescador
- Avejidá, deusas dos ventos e dos mortos
- Òíyá, Senhora dos ègúns
- Aziri, Nae das águas doces
- Òsún, deusa do encanto
- Adjahunsi, pescador dos Rios
- Òlóògúnèdé, o Deus da caça e da pesca
- Íyóbà, senhora de Ílèkó
- Aziri Togbosy, senhora do oceano
- Íyèmònjá, deusa dos rios e do oceano
- Lisá, o Deus Sol
- Mawu, a deusa Lua
- Òsáàguíyàn, o jovem guerreiro
- Òsáàlá, o maior Òrísá
- Qualidades dos òrísás: caminhos ou deuses diferentes?
- Voduns, Òrísás e inkisses
- Desabafo
terça-feira, 21 de março de 2023
Frekwén
terça-feira, 7 de março de 2023
Ájògún
sexta-feira, 3 de março de 2023
Legba
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
Obí
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023
Kojadá, Caledário Yorubá
No calendário Yorubá tradicional, são 4 dias da semana e cada um com um culto distinto para os Irunmolés.
-O primeiro dia é o òjò Òsè, dedicado à Òşáàlá e todos os Òríşás fúnfún. Agrada-se também Şápònà (Xapanan), Ègún e Íyámí;
-O segundo dia é o òjò áwò, dia de culto à Ífá, dedicado à Òrúnmíllá, Èşú e Òşún;
-O terceiro dia é o òjò Ògún, dia dedicado a cultuar o senhor do ferro Ògún e fazer seu òsé.
-O quarto dia é o òjò Jákútá, dia dedicado ao senhor do trovão Şángò e toda sua família.
Com a influência da igreja católica, houve a introdução dos 7 dias da semana também no culto Yorubá. Aqui no Brasil nós cultuamos da seguinte forma:
-Òjò Áíykú (Domingo)- Dia de cultuar Íbèjí e Ègbé òrún;
-Òjò Ájè (segunda-feira)- Dia de cultuar os ancestrais (Ègún, Íyámí, Aiyzan), Èşú e Azansú (Òmóòlú);
-Òjò Íşègún (terça-feira)- Dia de cultuar Ògún e Bessén;
-Òjò Òjòrú (quarta-feira)- Dia de cultuar Sogbo, Şángò, Áíyrá, Òíyá e Óbà;
-Òjò Òjòbò (Quinta-feira)- Dia de cultuar Òdé, Agué, Lògún-Èdé e Òsàníyn;
-Òjò Ètí (Sexta-feira)- Dia de cultuar Òşáàlá, Mawú e Lisá;
-Òjò Ábámètá (Sábado)- dia de cultuar Nànàn, Òşún, Íyèmònjá e Íyèwá;
Lembrando que esse calendário muda conforme território, ensinamento ou nação do candomblé. Foi criado com o intuito de melhor dividir os afazeres, sacrifícios e òsés para essas divindades. Aqui no Brasil é popular todo iniciado ou adepto da religião às sextas usar o branco, símbolo da paz e do grande Òríşá fúnfún.
*Texto Mejitó Rômulo Dangballataví*
sábado, 18 de fevereiro de 2023
A Quaresma e o Candomblé
domingo, 16 de novembro de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Kposu, o vodun pantera
Kposu é com certeza uma divindade que até os dias de hoje possui um culto repleto de mitos e mistérios. Com a fluente mistura de ritos, o vodun Kposu passou a ser cultuado em algumas casas de ketu como uma "qualidade" de Òmóòlú, porém nada tem haver com a divindade em questão.
Sabe-se que Yiegú nasceu da relação da princesa Aligbono com uma pantera chamada Gbekpó, adquirindo um extinto meio humano meio animal. Era guerreiro por natureza, a frente de um exercício poderoso, conquistando várias terras, dentre elas o território que depois foi chamado de Dahomey. Yiegú então, foi intitulado de Kposu, onde Kpó significa pantera e sú homem, ou seja o homem pantera. Kposu teve um grande legado, deixando vários descendentes em todo Dahomey, formando um clã chamado os filhos da pantera.
Era temido e respeitado devido seu temperamento imprevisível e explosivo. Agia por extinto, sorrateiramente, era incansável e destemido. Tantas foram suas conquistas que Kposu foi divinizado, passando a ser cultuado como um ancestral.
Alguns historiadores confundem a qual panteão pertence o vodun Kposu, uns afirmando ser do panteão Hevioso e outros Sakpata.
O que acontece é que existiram descendentes de kposu em ambos panteões, logo ele pertence tanto ao panteão do trovão quanto da terra.
É um vodun real, usando uma ráfia de palha da costa cobrindo o rosto. Trás em suas mãos armas de guerra, dentre elas as garras de metal, símbolo de sua descendência animal.
"Dança com garras na mão e em certos momentos se transforma em pantera."
Muito se banalizou de seu culto, mas na verdade é um vodun repleto de fundamentos e raro, por este motivo seus vodunsis são quase extintos.
Representa a luta, a força, o poder. Também é caçador, tendo a propriedade de trazer fartura e abundância. É arredio, gostando de ser agradado de madrugada, horário onde a pantera é ativa.
Antigamente pouco se falava de kposu e, quando os mais velhos diziam seu nome, tocavam os dedos no chão, saudando a poderosa pantera, aquela que não tem medo de nada, sendo perigosa por agir conforme seu extinto.
Suas cores ritualisticas são o preto e o coral e seu dia da semana é a terça-feira.
É saudado por Dangbára kpó! Ahoboboy kposu!
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Óbà ou Íyóbà
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Mawú, a deusa Lua
terça-feira, 4 de junho de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
Contam outras "estórias", que Ajaunsi seria um apelido dado por "malukos" (erês) a uma mulher de Salvador que, iria se iniciar no Ketu para o òrísá Lògún-Èdé e, que acabou por se iniciar no Bogun para Òdé.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Algumas Qualidades de Áíyrá:
quinta-feira, 18 de abril de 2013
- Ògbáàtálá- é o mais velho dentre todos os Òsáàlás. Seu nome é a aglutinação das palavras Ògbá – rei, tý – de e álá – pano branco, ou seja, o rei do pano branco. É o guardião cívico, protetor dos templos e cidades. Representa as massas de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo. Disputa com Òdúdúwá o posto de criador da terra, sendo aquele que recebeu a devida missão. Pai de muitos òrísás fúnfún, dentre eles Òsáàlúfón. É o Òsáàlá mais conhecido dentre todo o território africano, sendo um dos grandes deuses iorubas;
- Gbágbá Ájágúnàn- vem nos caminhos de Ògún, Jágún e Òíyá. Senhor do Lorogun, sendo esta sua fase mais agitada. Usa ídá (adaga) e mão de pilão, além de átòrí. É o guardião do eixo da terra e quando irritado causa terremotos. Acompanha Ògún nas batalhas;
- Gbágbá Pétíòdè- vem nos
caminhos de Òdé, Òsún, Sàngò e Íyèmònjá. Representa a juventude, a
pureza e a infância. Seria o pai do caçador de pombos, Òdé Ínlè sendo titulado
por esse motivo de gbágbá – pai, Pètítì – pequeno, Òdé – caçador, ou seja, pai
do pequeno caçador ou jovem caçador. É um grande caçador, senhor dos campos e
planícies. É representado pelo nascer
do sol;
- Gbágbá Èpè- seria um òrísá
fúnfún a parte, que aqui no Brasil, teve sua cultura aglutinada ao culto de Òsáàguíyàn.
Vem nos caminhos de Òsún, Sàngò, Íyèmònjá e Òsáàlúfón. Era um grande guerreiro
que morava nas colinas. Também era um exímio pescador, tendo como prato
preferido o èjá (peixe) e por este motivo passou a ser chamado de Èpéèjá;
- Gbágbá Dànkó- vem nos caminhos de Ègúngún, Òíyá, Íròkò, Jágún e Òsáàlúfón. Representa a fase de Òsáàguíyàn no qual está tomado pelo poder do átòrí e perde o controle sobre si mesmo, agredindo a todos. Muito ligado à Ègún, sendo necessário agradar sempre os ancestrais e passar variados Ègbós em seus filhos. Responsável por proteger as árvores de onde são tirados os átòrís, águídávís e ísàn. Senhor dos bambuzais (Dánkò);
- Gbágbá Ákírè- Òrísá fúnfún presente
desde o início da humanidade. É um òrísá de culto a parte que foi englobado na
cultura de Òsáàguíàn. Aqui no Brasil seu culto não se expandiu muito, mas em
òsóògbò na África, era considerado um grande guerreiro, rico e poderoso que,
tinha o poder de castigar os aldeãos que agiam de forma contrária às leis da
cidade, transformando-os em surdos e mudo. É o protetor dos surdos e mudos,
tendo a propriedade de ajuda-los a se encaixar na sociedade, mesmo com sua
deficiência;
- Gbágbá Ètèkó- seria mais um Òrísá fúnfún que perdeu sua identidade e passou a ser cultuado como qualidade de Òsáàguíyàn e em algumas casas nem ser conhecido. Mora nas matas aos arredores de Ífón. Era um grande guerreiro, inquieto e muito habilidoso e por este motivo, passou a guardar a fronteira de Ífón, protegendo a cidade dos inimigos;